Desilusão a pastel
Sonho vento e sou árvore
prisioneira de raízes
onde não chega o sol
sonho onda e sou porto
corroído por milénios
de partidas adiadas
sonho grito e sou eco
inconstante e incerto
de palavras que não digo
sonho luz e sou cortina
desbotada e inútil
numa casa sem janela
sonho caminho e sou mapa
eternamente emalado
em viagens nunca feitas
sonho nuvem e sou pó
seco miúdo e agreste
num deserto sem oásis
sonho gesto e sou estátua
confinada a projecto
sem olhar e sem palavras
Sonho-te
e és fantasma.
[e isto soa-me a conhecido, mas não sei de quem...]
5 Comments:
Por acaso?! é um dos materiais que menos uso; o pastel. Em contrapartida, dos bolos que mais como, são os pastéis de nata.
Gostava mesmo de saber é se o poema é teu. Ou será pedir muito?
Beijos e um óptimo fim de semana!
Pois, compreendo-te... eu por acaso estava a pensar nuns dias a aguarela, mas acabou por sair esta coisa... que posso garantir que fui eu que escrevi (só não sei é se não terei lido já alguma coisa semelhante, porque me soa a conhecido... grrlnuunff!)
Bjs
Já experimentei, sim... mas fica ainda pior do que está! Se quiseres experimentar podes seleccionar tudo com o botão esquerdo do rato e depois fazer ctrl+c ctrl+v (resulta muito bem!).
Não conheces alguma coisa parecida com isto que eu escrevi?
Quanto aos tais contos estou a ganhar coragem para estragar os teus contos... mais logo pode ser que saia o primeiro - ou então começo pelos outros, não sei...
Bjs muitos e bom almoço!
Gostava de saber (se não é pedir muito...) quando posso começar a ler esses contos... ou pelo menos, um deles.
Eu sei que a época natalicia é tramada, as compras, os bolos-rei, a paz entre os homens (e as mulheres, as mulheres...) e tantas outras coisas que não nos deixam ter tempo livre para mais nada, ou que servem mesmo de argumento.
Vá lá! Faz de conta?! que nos ofereces um conto de Natal, ehn?!
Beijos do costume.
Pronto... oferecei-te uma carta ao pai natal no contonto.
Bjs
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