02 dezembro 2005

Desilusão a pastel

Sonho vento e sou árvore

prisioneira de raízes

onde não chega o sol

sonho onda e sou porto

corroído por milénios

de partidas adiadas

sonho grito e sou eco

inconstante e incerto

de palavras que não digo

sonho luz e sou cortina

desbotada e inútil

numa casa sem janela

sonho caminho e sou mapa

eternamente emalado

em viagens nunca feitas

sonho nuvem e sou pó

seco miúdo e agreste

num deserto sem oásis

sonho gesto e sou estátua

confinada a projecto

sem olhar e sem palavras

Sonho-te

e és fantasma.

[e isto soa-me a conhecido, mas não sei de quem...]

5 Comments:

Blogger Alberto Oliveira disse que...

Por acaso?! é um dos materiais que menos uso; o pastel. Em contrapartida, dos bolos que mais como, são os pastéis de nata.

Gostava mesmo de saber é se o poema é teu. Ou será pedir muito?

Beijos e um óptimo fim de semana!

2/12/05 23:38  
Blogger Lia C disse que...

Pois, compreendo-te... eu por acaso estava a pensar nuns dias a aguarela, mas acabou por sair esta coisa... que posso garantir que fui eu que escrevi (só não sei é se não terei lido já alguma coisa semelhante, porque me soa a conhecido... grrlnuunff!)

Bjs

3/12/05 21:07  
Blogger Lia C disse que...

Já experimentei, sim... mas fica ainda pior do que está! Se quiseres experimentar podes seleccionar tudo com o botão esquerdo do rato e depois fazer ctrl+c ctrl+v (resulta muito bem!).

Não conheces alguma coisa parecida com isto que eu escrevi?

Quanto aos tais contos estou a ganhar coragem para estragar os teus contos... mais logo pode ser que saia o primeiro - ou então começo pelos outros, não sei...

Bjs muitos e bom almoço!

5/12/05 13:22  
Blogger Alberto Oliveira disse que...

Gostava de saber (se não é pedir muito...) quando posso começar a ler esses contos... ou pelo menos, um deles.
Eu sei que a época natalicia é tramada, as compras, os bolos-rei, a paz entre os homens (e as mulheres, as mulheres...) e tantas outras coisas que não nos deixam ter tempo livre para mais nada, ou que servem mesmo de argumento.
Vá lá! Faz de conta?! que nos ofereces um conto de Natal, ehn?!

Beijos do costume.

5/12/05 22:48  
Blogger Lia C disse que...

Pronto... oferecei-te uma carta ao pai natal no contonto.

Bjs

6/12/05 10:48  

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