04 maio 2007
09 março 2007
Caminho
24 fevereiro 2007
Pêndulo
Aprendi contigo a não chorar o que desejo, a afastar a tristeza dos olhos dos meus dias e a confundir a amargura sobre o rumo dos meus passos.
Aprendi contigo a viver a vida que não quero e a sentir a paz do que apenas podemos ser.
É por mim que ainda (te) sorrio mas, um dia em que já não morra, voufalarassim c o n t i g o, soprar-te um sonho ao ouvido e beijar-te adeus amor. Depois vou voar da memória dos teus dedos e então infinitar-me. Sem nós.
É disto que tenho medo.
04 janeiro 2006
Maré
22 dezembro 2005
Bruma
E é assim
- quando o dia começa a adormecer
enroscado no manto azul ainda sem estrelas
e os sons se perdem na nudez da lua -
que me encosto ao futuro
sorrio
e puxo fiapos de nós
trazidos pela brisa
de um passado a cheirar a livro novo.
11 dezembro 2005
Se me queres...
Sabes, amor?
Não há fadas nem varinhas de condão
que tornem os dias em sonho
não há bússola para a vontade
do que queremos reter
não há estrelas que guiem
o que temos a fazer
há só estas mãos desastradas
que procuram gestos doces
há só o beijo e o desejo
que algumas vezes recuso
há só um fio de olhares
que nos mata a solidão
hei só eu
que sou pouco
e todas as palavras
que pintam amor.
06 dezembro 2005
Retorno
dizer adeus e partir
numa bola de sabão
num barco de papel
ou no canto de um cisne
mas o teu corpo
não se arranca à minha pele
e a esperança que arrasto
como um chinelo velho e desfeito
que se guarda por conforto
faz-me sonhar
ainda.
Talvez
talvez só
um dia seja outra vez de amanhãs
e lendas tecidas de olhares
em passos de cores e espuma.
Nós