11 dezembro 2005

Se me queres...

Sabes, amor?

Não há fadas nem varinhas de condão
que tornem os dias em sonho
não há bússola para a vontade
do que queremos reter
não há estrelas que guiem
o que temos a fazer
há só estas mãos desastradas
que procuram gestos doces
há só o beijo e o desejo
que algumas vezes recuso
há só um fio de olhares
que nos mata a solidão

hei só eu
que sou pouco

e todas as palavras
que pintam amor.

11 Comments:

Blogger Mac Adame disse que...

"Hei só eu"? Ena, ena, dominamos a língua portuguesa! Muito bem, parabéns.

12/12/05 21:06  
Blogger Lia C disse que...

Dominamos? Pronto, está bem... a partir de agora, com todos os poderes que me são conferidos, nomeio-te meu mandatário da língua portuguesa... e quando for grande vou escrever 30 vezes há só eu.

12/12/05 23:36  
Blogger amok_she disse que...

...eh pá, Lia...deviar ter posto um :-> a seguir ao «escrever 30 vezes há só eu.»..assim ainda vão pensar q levaste a coisa a sério...o macaco estava a elogiar-te, 'pariga!;-)...'táva. ñ 'táva???:->

Presente do Indicativo do verbo haver

hei
hás

havemos/hemos
heis
hão

13/12/05 00:48  
Blogger Lia C disse que...

Mas, Amok... achas que o Macaco precisa de sinalefa para entender que estou a brincar? :))) E depois, se outros alguéns pensarem que levei a coisa a sério, melhor: dá-me o ar sisudo e misterioso dos intelectuais sofredores. É lindo! (tens por aí uns óculos que me emprestes?)

Bjs

13/12/05 10:16  
Blogger Alberto Oliveira disse que...

TECLAR a DOIS

se me queres
se te quero
juntamos os trapinhos
e depois...
...temos muitos bloguinhos.


In "Poemas indolores" de Bill Blogger, edições "A Custo Zero", Cova da Piedade.

13/12/05 16:46  
Blogger Mac Adame disse que...

Obrigado, Amok_she, interpretaste bem , era mesmo elogio, pois não há muita gente que saiba conjugar o verbo "haver". Quanto à Lia C, não sei mas acho que também percebeu, mas se não percebeu disfarça muito bem.

14/12/05 02:12  
Blogger amok_she disse que...

...pois é, Adriano, a Lia é uma brincalhona...;-)

15/12/05 22:22  
Blogger mfc disse que...

Legível, depois de ler a tua poesia fiquei parvo: lembrei-me da que me fizeste com panquecas e com mães que não perdiam as cuecas...

Ah, poeta! Bravo!

16/12/05 16:25  
Blogger Alberto Oliveira disse que...

Para Vodka:

Se soubesses o que "esperneei" para engendrar esse das "panquecas"... estive quase meia-hora de volta daquilo!
...o que um gajo sofre...

18/12/05 18:43  
Blogger Alberto Oliveira disse que...

Para Amok:

Lá voltei à primária... que bom!

sou
és
é
somos
sois
semos

18/12/05 18:45  
Blogger Prof. José Fernando disse que...

Peço desculpas ao Sol que está para nascer e me chama para a dura segunda-feira, cheia de labuta e afazeres. Raramente comento trabalhos alheios. Sou crítico mordaz. Não aceito rimas fáceis. Não aceito poesia receita de bolo. Não aceito poetas pela metade. E minha terra se enche deles.
Moro numa capital de estado, provinciana e que se dá ao luxo de cultivar poemas de aldeia. Eu os faço também (há de se contentar a aldeia!). Mas a aldeia finge ignorá-los. Ah, minha amiga - creio que posso a chamar assim! – Triste é a minha aldeia! Chove o ano todo e em sua névoa brota a melancolia.
Há tempos não via tanta coisa bela escrita!
Isto basta!
Dê asas ao seu coração!
Isto basta!

J. Fernando Nandé.

19/12/05 01:09  

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