Se me queres...
Sabes, amor?
Não há fadas nem varinhas de condão
que tornem os dias em sonho
não há bússola para a vontade
do que queremos reter
não há estrelas que guiem
o que temos a fazer
há só estas mãos desastradas
que procuram gestos doces
há só o beijo e o desejo
que algumas vezes recuso
há só um fio de olhares
que nos mata a solidão
hei só eu
que sou pouco
e todas as palavras
que pintam amor.
11 Comments:
"Hei só eu"? Ena, ena, dominamos a língua portuguesa! Muito bem, parabéns.
Dominamos? Pronto, está bem... a partir de agora, com todos os poderes que me são conferidos, nomeio-te meu mandatário da língua portuguesa... e quando for grande vou escrever 30 vezes há só eu.
...eh pá, Lia...deviar ter posto um :-> a seguir ao «escrever 30 vezes há só eu.»..assim ainda vão pensar q levaste a coisa a sério...o macaco estava a elogiar-te, 'pariga!;-)...'táva. ñ 'táva???:->
Presente do Indicativo do verbo haver
hei
hás
há
havemos/hemos
heis
hão
Mas, Amok... achas que o Macaco precisa de sinalefa para entender que estou a brincar? :))) E depois, se outros alguéns pensarem que levei a coisa a sério, melhor: dá-me o ar sisudo e misterioso dos intelectuais sofredores. É lindo! (tens por aí uns óculos que me emprestes?)
Bjs
TECLAR a DOIS
se me queres
se te quero
juntamos os trapinhos
e depois...
...temos muitos bloguinhos.
In "Poemas indolores" de Bill Blogger, edições "A Custo Zero", Cova da Piedade.
Obrigado, Amok_she, interpretaste bem , era mesmo elogio, pois não há muita gente que saiba conjugar o verbo "haver". Quanto à Lia C, não sei mas acho que também percebeu, mas se não percebeu disfarça muito bem.
...pois é, Adriano, a Lia é uma brincalhona...;-)
Legível, depois de ler a tua poesia fiquei parvo: lembrei-me da que me fizeste com panquecas e com mães que não perdiam as cuecas...
Ah, poeta! Bravo!
Para Vodka:
Se soubesses o que "esperneei" para engendrar esse das "panquecas"... estive quase meia-hora de volta daquilo!
...o que um gajo sofre...
Para Amok:
Lá voltei à primária... que bom!
sou
és
é
somos
sois
semos
Peço desculpas ao Sol que está para nascer e me chama para a dura segunda-feira, cheia de labuta e afazeres. Raramente comento trabalhos alheios. Sou crítico mordaz. Não aceito rimas fáceis. Não aceito poesia receita de bolo. Não aceito poetas pela metade. E minha terra se enche deles.
Moro numa capital de estado, provinciana e que se dá ao luxo de cultivar poemas de aldeia. Eu os faço também (há de se contentar a aldeia!). Mas a aldeia finge ignorá-los. Ah, minha amiga - creio que posso a chamar assim! – Triste é a minha aldeia! Chove o ano todo e em sua névoa brota a melancolia.
Há tempos não via tanta coisa bela escrita!
Isto basta!
Dê asas ao seu coração!
Isto basta!
J. Fernando Nandé.
Enviar um comentário
<< Home